Celebrando as forças mágicas...
9º Convenção de Bruxas e Magos em Paranapiacaba/SP
Dias 04, 05 e 06 de Maio - Participe!
Rowena A. Senėwėen - Caer Siddi / DNA
Local: Lira Serrano - Salão Superior
Dia: 06/05/2012 (Domingo) às 13h10min
Palestra aberta e gratuita!
Palestra: O corpo e a espiritualidade celta
Na espiritualidade celta encontraremos uma nova ponte entre o visível e o invisível, que pode se expressada na dança, na música ou na poesia. Uma perspectiva baseada no livro "Anam Cara - O livro de sabedoria Celta" de John O'Donohue, que descreve de forma poética e mágica, a relação de amizade entre o corpo físico e anímico.
Antes de responder essa pergunta é preciso voltar no tempo...
Desde pequena sou considerada impertinente e até meio esquisita, algo como aquela que gostava de conversar com as árvores e sonhar que voava pelos campos. A minha família com sua diversidade cultural entre portugueses, índios e até poloneses, tinha suas diferentes crenças, que iam do cristianismo ao xintoísmo. Mas havia também, aqueles que seguiam a Umbanda e o Candomblé e que, por sua vez (não sei dizer bem o porquê), incorporavam nas reuniões familiares. Adorava quando isso acontecia e, com uma curiosidade ávida, tentava entender esse intercâmbio com o Outro Mundo.
A partir daí começaram a surgir os meus infindáveis questionamentos.
Aos 15 anos passei a me interessar pelos oráculos. Estudei e li muitos livros sobre magia e ocultismo, fiz vários cursos e quando mais nada fazia sentido, literalmente, surtei! (risos). Ouvia vozes, via vultos e conversava com todos os tipos de seres. Entrava em transe ao meditar ou durante uma simples caminhada. Nesta época, em 1999, morava em um local próximo à natureza e me dedicava à arte floral japonesa e toda a sua mitologia, o Ikebana - através da Academia Kado Sanguetsu. Foi a partir daí que os mitos e as lendas ganharam um novo enfoque pessoal e comecei a buscar outras alternativas no âmbito espiritual.
Como disse Hilda R. Ellis Davidson, no livro Deuses e Mitos do Norte da Europa, que muito me impressionou na época: "Os mitos podem nos levar a descobrir mais sobre nossa herança espiritual, e talvez perceber alguns dos defeitos no desenvolvimento espiritual do mundo moderno. O estudo da mitologia não precisa mais ser visto como uma fuga da realidade para as fantasias por parte dos povos primitivos, e sim como uma busca pela compreensão mais profunda da mente humana. Ao nos aventurarmos em explorar as distantes colinas habitadas pelos Deuses, estaremos talvez, descobrindo o caminho de casa." Finalmente, comecei a re-descobrir o meu caminho de volta para casa. Continue lendo...
O silêncio nos traz as bênçãos da reflexão... Tudo está no mais perfeito equilibro, desde a bonança às tormentas! Meditar nos traz as bênçãos do discernimento... E a vida flui, entre novos e antigos amigos, caminhos que se cruzam e se reencontram! A gratidão nos traz as bênçãos dos Deuses e o ciclo se completa em nós, com "verdade, honra, justiça, lealdade, coragem, generosidade, hospitalidade, força e perseverança". Em sintonia as nove virtudes da ADF. Que assim seja... Em ritmo de comemoração!
O Deus a quem os celtas continentais chamam de Lugus e os insulares de Lugh, é um dos melhores documentados e mais bem compreendidos dentre as divindades celtas. As provas incluem a iconografia do período pré-romano, testemunhos de escritores e historiadores greco-romanos, tradições literárias da cultura celta na Idade Média, narrativas populares modernas em línguas celtas e práticas de rituais, conservadas, principalmente, em comunidades rurais.
A sua origem é mista, pois pertence ao ramo dos Tuatha Dé Danann pelo lado do pai, Cian, e aos Fomorianos pelo lado materno, Ethniu. Uma profecia dizia que Balor, o do olho malévolo, seria morto por seu neto, o que se concretiza na Segunda Batalha de Magh Tuiredh (Moytura). Para tentar evitar esse destino, Balor mandou dar fim nos netos, mas Lugh sobreviveu e foi criado por Tailtiu.
Em Lughnasadh (Lúnasa) celebramos a festa da primeira colheita. Lugh ficou conhecido pela alcunha de "Lámfada" - dos braços longos - e "Samildanach" - múltiplo artesão. É o Deus dos ferreiros, cujo domínio incluía a magia, as artes e todos os ofícios em geral, o Senhor dos mil talentos.
Em toda a Irlanda e em muitas outras partes do mundo celta, a celebração de Lughnasadh ou de qualquer outra festa da colheita, está centrada nos primeiros frutos de plantas cultivadas, que foram levados para uma local para serem abençoados e compartilhados pela comunidade, em honra a soberania da terra, representada pela mãe adotiva de Lugh, Tailtiu.
Escritora, oraculista e pesquisadora do paganismo desde 1999. A partir de 2004 começou a vivenciar o Druidismo sob uma ótica reconstrucionista. Filiada à ordem druídica ADF e integrante do CBDRC. Idealizadora do site Templo de Avalon : Caer Siddi, do grupo Fidnemėd an Síd, autora do livro Brumas do Tempo e da Mentoria Oracular e Radiestesia Anam Mór ®.
"Na presença do meu povo,
Desde o começo da vida,
Na visão dos Deuses
E dos não-deuses,
Em homenagem à imensa
Generosidade do Universo,
Agradeço a minha parte."