Totem, espírito guardião ou animal de poder, na visão do animismo, é uma determinada qualidade energética com a qual os humanos se conectam desde o nascimento — ainda que não tenham consciência disso — e que serve de âncora na Terra. É a forma que o ser espiritual sutil encontrou para estar presente na vida física.
Durante muitas eras acreditaram que seu poder era o mesmo que o dos animais, das plantas, do Sol, de todas as energias e elementos da natureza. Estes curandeiros se sentiam "parentes" desta força anímica, encontrando raízes comuns às duas espécies.
Tal paraíso — fundamentado na total integração entre o homem e a natureza — é recriado nos rituais xamanístas, em estado sensibilizado e alterado de consciência pelas músicas, cânticos e movimentos, que "capturam" a sabedoria e os ensinamentos dos animais.
A energia invocada é a da espécie ao se referir à "visão da Águia", à "coragem do Urso", à "força da Onça" ou à "astúcia da Raposa". As características individuais representam o espírito guardião de uma pessoa e se torna uno com todos os gêneros a que pertence.
Estes espíritos guardiões trazem a sua "medicina", o seu poder, força e capacidade de autocura. Assim é, por exemplo, que o Lobo e a Cobra devoram as doenças durante as cerimônias de pajelança; o Urubu se torna o faxineiro que limpa os resíduos tóxicos — emocionais e físicos — de feridas profundas, desta e de outras vidas.
O homem comum sintonizado com o seu Totem aplica no dia-a-dia os ensinamentos que recebe. As mudanças podem acontecer, como o suporte do Castor, chamado de "construtor dos sonhos" ou do Gato do Mato que convida à discrição e à busca interna pessoal.
Nos tempos paleolíticos e neolíticos (35.000 a.C. a 3.000 a.C.) e nas selvas primitivas mais recentes, o homem aprende sobre os animais, observando-os em seu habitat, como se relacionam e onde reside o seu poder. Os povos primitivos e atuais, vendo-se ligados à natureza, tentam capturar este poder imitando-os, observando, dançando e usando seus elementos, como penas, chifres, ossos, etc.
Tanto para quem chama os animais de poder para realizar rituais de cura e expansão da consciência, quanto para quem se volta para si buscando às suas relações pessoais. Os espíritos guardiões que estão prontos para caminhar com os humanos, dando-lhes suporte para se tornarem pessoas melhores, mais responsáveis e comprometidas com o bem-estar da Terra e de todos os seres que nela habitam.
Como nos lembra o antropólogo Michael Harner: "Os espíritos guardiões são sempre benéficos e jamais prejudicam aquele que os possui (...) por mais feroz que ele possa parecer." Adaptação do livro Magia Xamânica de Derval e Victória Gramacho
"A onça-pintada é considerada um dos animais-símbolo da diversidade da fauna brasileira por ser encontrado em quase todos os biomas do país e que figura na lista de espécies vulneráveis do Ibama." Totem ancestral da terra. Despertar à consciência ao totemismo individual dentro de nós como um relacionamento íntimo de amizade e proteção. Que assim seja!
Rowena A. Senėwėen
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Durante muitas eras acreditaram que seu poder era o mesmo que o dos animais, das plantas, do Sol, de todas as energias e elementos da natureza. Estes curandeiros se sentiam "parentes" desta força anímica, encontrando raízes comuns às duas espécies.
Tal paraíso — fundamentado na total integração entre o homem e a natureza — é recriado nos rituais xamanístas, em estado sensibilizado e alterado de consciência pelas músicas, cânticos e movimentos, que "capturam" a sabedoria e os ensinamentos dos animais.
A energia invocada é a da espécie ao se referir à "visão da Águia", à "coragem do Urso", à "força da Onça" ou à "astúcia da Raposa". As características individuais representam o espírito guardião de uma pessoa e se torna uno com todos os gêneros a que pertence.
Estes espíritos guardiões trazem a sua "medicina", o seu poder, força e capacidade de autocura. Assim é, por exemplo, que o Lobo e a Cobra devoram as doenças durante as cerimônias de pajelança; o Urubu se torna o faxineiro que limpa os resíduos tóxicos — emocionais e físicos — de feridas profundas, desta e de outras vidas.
O homem comum sintonizado com o seu Totem aplica no dia-a-dia os ensinamentos que recebe. As mudanças podem acontecer, como o suporte do Castor, chamado de "construtor dos sonhos" ou do Gato do Mato que convida à discrição e à busca interna pessoal.
Nos tempos paleolíticos e neolíticos (35.000 a.C. a 3.000 a.C.) e nas selvas primitivas mais recentes, o homem aprende sobre os animais, observando-os em seu habitat, como se relacionam e onde reside o seu poder. Os povos primitivos e atuais, vendo-se ligados à natureza, tentam capturar este poder imitando-os, observando, dançando e usando seus elementos, como penas, chifres, ossos, etc.
Tanto para quem chama os animais de poder para realizar rituais de cura e expansão da consciência, quanto para quem se volta para si buscando às suas relações pessoais. Os espíritos guardiões que estão prontos para caminhar com os humanos, dando-lhes suporte para se tornarem pessoas melhores, mais responsáveis e comprometidas com o bem-estar da Terra e de todos os seres que nela habitam.
Como nos lembra o antropólogo Michael Harner: "Os espíritos guardiões são sempre benéficos e jamais prejudicam aquele que os possui (...) por mais feroz que ele possa parecer." Adaptação do livro Magia Xamânica de Derval e Victória Gramacho
"A onça-pintada é considerada um dos animais-símbolo da diversidade da fauna brasileira por ser encontrado em quase todos os biomas do país e que figura na lista de espécies vulneráveis do Ibama." Totem ancestral da terra. Despertar à consciência ao totemismo individual dentro de nós como um relacionamento íntimo de amizade e proteção. Que assim seja!
Rowena A. Senėwėen