"Ruidosas eram elas, eis que eram ruidosas
Cavalgando sobre a colina.
Tinham a mesma e única intenção,
Cavalgando pela terra;
Protege-te agora para escapar desse mal.
Sai pequena lança se aqui tu estás.
Sob o escudo de luz eu me coloquei,
Quando as poderosas mulheres
Preparavam o seu poder
E enviavam suas lanças ferinas"...
Sem dúvida, a figura da valquíria na literatura nórdica se desenvolveu em algo mais dignificado e menos sanguinário como resultado do trabalho de poetas durante um considerável período de tempo.
As criaturas alarmantes e terríveis que sobreviveram na literatura apesar desse esforço parecem, no entanto, mais próximas em caráter daquelas que escolhiam os aniquilados, conforme eram visualizadas.
Fonte: Deuses e Mitos do Norte da Europa
H. R. Ellis Davidson
Naturalmente, buscamos um caminho, uma luz, um sinal... Alguns traduzem essa sensação através da busca de uma religião, outros no despertar da consciência rumo à espiritualidade.
Seguindo a intuição da alma e do coração, nos deparamos com um mundo novo e repleto de mistérios. E são esses enigmas que nos levam a uma outra dimensão, mais leve e muito mais agradável aos nossos sentidos.
Mas como viver toda essa magia, sem se alienar dos acontecimentos diários? Simples! Sejamos um ser único. Um ser espiritual que caminha interligado ao Todo.
Quando escolhi trilhar esse caminho, o Druidismo, me deparei com um antigo trajeto num mundo moderno e que despertou uma "alma celta" dentro de mim. Deusas e Deuses começaram a se unir aos valores dessa nova visão, além do amor à natureza que já vinha de longas datas e de outros caminhos.
A reconstrução do mundo céltico é incrivelmente fascinante, envolvente e também muito desafiante. Aos poucos vamos estudando as lendas e os mitos celtas, reaprendendo a viver plenamente em todos os sentidos. Que assim seja!
Samhain, a Noite Sagrada, celebrada na noite do dia 30 de abril, marca um momento de transição entre dois mundos. Sussurros ao vento anunciam memórias perdidas no tempo... Um tempo de relembrar os que partiram e os que trilharam o caminho antes de nós.
O final de abril, para nós que celebramos a Roda do Sul, é o fim e o começo de um novo ciclo. Uma fase que simboliza o término daquilo que está velho e desgastado pelo uso, dando início a um novo tempo. O inverno se aproxima e naturalmente, nos sentimos mais reservados.
A ligação com nossas raízes nos dá força para crescer, mas nada de evocar seus mortos dentro de casa ou num ritual sem o devido preparo. Ancestral ou antepassado é muito mais abrangente que sua avó ou seu avô, que fizeram a passagem para o Outro Mundo. Em nossas infinitas jornadas podemos ser nossos próprios ancestrais.
Escritora, oraculista e pesquisadora do paganismo desde 1999. A partir de 2004 começou a vivenciar o Druidismo sob uma ótica reconstrucionista. Filiada à ordem druídica ADF e integrante do CBDRC. Idealizadora do site Templo de Avalon : Caer Siddi, do grupo Fidnemėd an Síd, autora do livro Brumas do Tempo e da Mentoria Oracular e Radiestesia Anam Mór ®.
"Na presença do meu povo,
Desde o começo da vida,
Na visão dos Deuses
E dos não-deuses,
Em homenagem à imensa
Generosidade do Universo,
Agradeço a minha parte."